Entrevista do Salvio e da Magali à Revista VIP

Numa rara entrevista, Eduardo Toto Salvio confessa o amor pela mulher, Magali Aravena com quem prometeu casar aos 18 anos.


Hoje, Eduardo Toto Salvio, de 26 anos, é um ídolo do Benfica. Porém, quando tinha apenas 18 anos, e o sonho de jogar da Europa, o futebolista argentino apresentou a namorada, Magali Arevena, à mãe. Garantiu que era com ela que iria casar. O casal está casado desde 2012 e já tem dois filhos: Valentino, de quatro anos e Chloé, de apenas um. Numa rara entrevista, Salvio abre o coração à VIP e fala da importância da família na sua vida.

VIP - A vida de um jogador de alta competição faz com que passe muitos momentos longe de casa, em estágios e viagens. Isto torna os momentos em família mais especiais?
Toto Salvio - Sim. Sempre que estamos juntos, aproveitamos ao máximo. Fazemos coisas em casa e também aproveitamos para sair, para passear, almoçar ou jantar fora. Aproveitamos para nos divertir quando estamos os quatro juntos.

É especial quando conseguem ter a companhia do Salvio?
Magali Aravena - Sim! Quando está connosco, aproveitamos para fazer tudo (risos). Temos vários planos e fazemos os possíveis para que seja divertido quando estamos juntos.

Quando têm mais tempo em família, existe algum programa que costumem fazer?
MA - Ver filme em casa (risos).
TS- É algo de que gostamos. Também gostamos de sair os dois. Podemos ir ao cinema ou ir passear, mas também aproveitamos tempo enquanto casal. Gostamos de aproveitar cada momento.

E quem é mais romântico?
TS - Os dois (risos). Tenho as minhas coisas. Ela, as dela. Mas somos os dois.

Quem é que faz mais surpresas?
MA - Ele! Surpresas é com ele. Desde flores e pequenos-almoços (risos).
TS - Gosto que esteja contente, que esteja feliz.

Quando apresentou a Magali à sua mãe, disse-lhe que era a mulher com quem ia casar. O tempo foi passando e já têm dois filhos. Imaginou tudo isto logo naquele momento?
TS - É verdade (risos). Naquela altura tinha 18 anos e pensava que tudo ia correr bem. Pouco depois do inicio do namoro já vivíamos juntos e cerca de seis meses depois saí da Argentina e fui para Espanha, para o Atlético de Madrid. A sua mãe e irmãos estavam em Madrid e tudo batia certo para que fosse comigo.

Viveu alguns momentos complicados, com lesões graves. Qual a importância da família nessas alturas?
TS - São muito importantes para mim. Eles são o máximo! Nesse momento foram o apoio principal que tive. Tê-los comigo em todos os momentos, especialmente em muitos muito duros como quando tive duas lesões graves, é muito importante. Havia dias em que eu voltava dos treinos, sabia que as coisas não estavam a correr bem e tinha saudades de jogar. Chorava a Magali estava sempre comigo, sempre a puxar por mim e a dizer que tudo ia voltar a ser como era (Magali emociona-se). Graças a Deus, posso desfrutar do futebol, o que sempre quis.

Quando as coisas correm menos bem, e estou a referir-me aos resultados, como é que fica o Salvio?
MA - Não quer falar (risos). Não emite qualquer palavra. Só diz "olá, amor" e "olá, filhos". Senta-se e não fala. No dia seguinte já fala um pouco, já fala sobre o que correu mal e fica um pouco mais animado. Mas a seguir ao jogo não fala.

A sua carreira está cheia de conquistas, mas os dois melhores golos da sua vida são o Valentino e a Chloé?
TS - Sim! Claro! São os melhores golos e os melhores momentos da minha vida. Nunca irei esquecer os nascimentos deles. São momentos únicos para mim. Tive a oportunidade de assistir aos partos e são momentos inesquecíveis.

É mais fácil ser jogador ou ser pai?
TS - É difícil ser pai (risos). E é um orgulho enorme ser pai deles.
MA - Mas o que é mais fácil (risos)
TS - Ninguém está preparado para ser pai. Não existe manual. Chega o momento e temos de mudar fraldas e se acontecer algo, sair directo para o hospital, algo que já aconteceu, temos de estar preparados. Ser pai e jogar são os dois momentos muito bonitos. mas jogar é um pouco mais fácil (risos).

Mudou depois de ser pai?
TS - Sim! A minha vida mudou completamente. Agora vivo para eles. A minha vida passa por eles. Antes éramos só nós dois. Agora não!
MA - Agora planeamos tudo de forma diferente. Somos mais responsáveis.

O que destacam um no outro enquanto pais?
MA - Ele é mais permissivo. Não gosta de levantar a voz. É mais tranquilo. Eu sou a louca (risos). Ele é a paciência.
TS - O meu pai também é muito tranquilo. Não sou como o meu pai porque ele é único. Ninguém tem a paciência do meu pai (risos). A Magali está em cada pormenor. Aconteça o que acontecer, está logo disponível e pronta para tudo.

O que reconhecem nos vossos filhos como sendo vosso?
TS - O Valentino tem muitas coisas iguais a mim quando era criança. Também fazia muitas travessuras, mas depois fiquei mais calmo. A Chloé têm uma personalidade muita vincada. Já faz lembrar a mãe (risos).

O Valentino tem uma grande paixão pelo futebol. Gostava que seguisse a sua carreira?
TS - Vai ter liberdade de escolher o que quiser. Mas gostava que fosse jogador de futebol como pai. Fico feliz por gostar tanto de futebol como eu. Chega da escola e quer jogar futebol comigo. Quando chego dos treinos, também quer jogar (risos).

Esta é a sua segunda experiência em Portugal. Ficou surpreendido com o país?
TS - No primeiro ano ficámos logo encantados. Com a cidade de Lisboa e com as pessoas. Aqui vive-se muito bem e come-se muito bem. Ficamos tranquilos. Quando surgiu a oportunidade de voltar, nem hesitámos porque sabíamos que seríamos felizes aqui.

De que zonas mais gostam?
MA - Quando o Toto era menos conhecido, costumávamos ir ao Chiado e à Avenida da Liberdade. Gostávamos de passear e de beber um café.
TS - Também gostamos de passear por Belém.

Nunca se sabe o futuro de um jogador de futebol, mas ficaria feliz se ficasse no Benfica e em Portugal até ao final da carreira?
TS - No futebol não se pode ter a certeza do futuro. Sou muito feliz no Benfica e espero ficar por cá muitos anos, mas todos sabem que não há nada certo no futebol. Mas sou muito feliz aqui e a minha família também. Se acabasse a carreira aqui, seria o jogador mais feliz do mundo! Disso não há dúvidas.

A Magali acaba de lançar um blogue. Comparando a qualidade, está ao nível do seu golo de calcanhar marcado no Estádio da Luz frente ao PSV em 2011 (o melhor golo da carreira)?
TS - Sim (risos)! Foi um grande golo e é um projecto de muita qualidade e que me deixa muito feliz por ela. Tudo o que a faça feliz também me deixa feliz. A felicidade da Magali enche-me de alegria.

Costuma ir ao blogue? Tem curiosidade?
TS - Sim! Vejo sempre que publica algo. Ou quando partilha algo nas redes sociais. Faço gostos e deixo comentários. Senão, diz logo que não comentei (risos).

O projecto foi apresentado como sendo uma porta que se abria na vossa intimidade. O que as pessoas vão descobrir do Salvio?
TS - Tem a ver com detalhes da nossa vida. Dos momentos em que estou com os meus filhos. E aquilo que a Magali permitir.
MA - Não! Que tu permitas (risos). Se fosse por mim, era uma reality show (risos).
TS - Existem coisas em que gosto de participar e noutra menos. Por exemplo, se um jogo não correu muito bem à equipa, não vou estar a brincar.

O blogue também é uma boa forma de matar saudades da família num estágio?
TS - Isso é  muito bonito. Se bem que a Magali envia sempre fotos dos filhos. Mas é lindo ver o que ela publica. São fotos muito bonitas. É muito bom.

O Natal sempre foi especial para vocês ou passou a ser com o nascimento do Valentino?
MA - Na Argentina festeja-se muito o Natal. É uma festa linda em família e nós somos muitos ligados à família. Com os filhos ficou ainda mais especial. Aparece o Pai Natal e eles adoram. Mantemos a ilusão.
TS - Muda com os filhos e também se passamos aqui ou na Argentina ou aqui. Na Argentina, tanto no Natal como no Ano Novo, as pessoas festejam muito. Vão deitar-se de madrugada porque é sempre em festa. Aqui, as coisas são mais familiares. Janta-se, convive-se e no dia seguite as crianças desfrutam dos presentes.

Já escolheram os presentes que vão trocar? É fácil de agradar um ao outro?
MA - É superdifícil.
TS - Também acho que é muito difícil.
MA - Graças a Deus, temos tudo. Agora, o desafio é surpreendermo-nos.

Felizmente, têm a possibilidade de dar tudo aos vossos filhos. É fácil gerir os momentos em que se dá algo aos filhos?
TS - Tentamos impor um limite, mas não é fácil porque tive uma infância que não foi muito fácil. Agora tenho, graças a Deus, a oportunidade de lhes das tudo, mas há momentos em que existem limites, para que percebam que as não caem do céu.
MA - Tentamos que exista um equilíbrio.

Está quase a chegar o Ano Novo. Cumprem as tradições da época?
MA - Desde que passamos a data na Europa, aqui ou em Madrid, cumprimos tradições e pedimos desejos. E costumamos fazer um balanço do ano.

E que balanço fazem deste ano? E desejos para o próximo?
TS - Ultrapassei momentos muito duros da minha carreira. Graças a Deus, consegui ultrapassar tudo e voltei a jogar, que era o que queria. Peço sempre saude para a minha familia. Hoje estamos bem, somos felizes somos uma familia muito unida. Que continue assim no próximo ano e que o Benfica seja campeão novamente. Se o Benfica for campeão é claro que seremos felizes. É certo (risos).

Aumentar a família pode ser uma desejo?
MA - Estamos felizes com um casal.
TS - Estamos bem assim. Não está nos nossos planos ter mais filhos, mas nunca se sabe se daqui a alguns anos não teremos. Agora estamos muito bem.
Entrevista retirada da Revista VIP

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